Atenção, atenção, vem aí o Verão!
Os que se dão melhor com o frio que se cuidem, sei de fonte segura que o Verão está a chegar. E não, não se trata de sentir as camisolas molhadas a colar no lombo. Não senhores, é mais grave ainda – a malta começa a ter aquele ar festivo muitíssimo preocupante. Não se lhes pode dar uns raios de sol e uns poucos graus acima do casaquito de malha que o pessoal desata a calçar as sandalocas e dar corda às ancas…
E quem mora no centro histórico é quem primeiro se lixa, porque aqui o que não falta é animação – quer se queira ou não.
Não é fácil acordar convencido que o Toy está dentro de nossa casa – o cão teria ladrado, o gato miado, enfim ele não entraria sem que déssemos por isso. A não ser, claro, que o SIC 10 Horas nos resolvesse torturar com uma emissão fora de portas (as deles) e directa a nossas casas, sem passar pelo controlo remoto e sem opções de “mute” e “power off”. E nem adiantaria gritar pela janela porque o Toy, sempre romântico, sempre sincero nos elogios ao programa, estava com a corda toda e o vento não estava de feição. É difícil começar um dia assim, mas pior é ter de tomar o pequeno almoço com a Ágata, praticamente sentada na mesa da cozinha a pedir tresloucada que lhe levem o carro e as jóias e a casa mas que o deixem a ele, que todos pensam ser o filho. “Socorro, levem a Ágata!” – pedi. Debalde, a Ágata estava animadíssima. E mesmo que não estivesse, logo foi rendida por uma qualquer estrela da canção estridente - dessas loiras formatadas e cheias de problemas sentimentais para partilhar com o mundo. Com o aproximar da hora do almoço o acordeão do Quim Barreiros ainda nos lembrava que “Ele é um mestre de culinária…” e que havia de fazer uma ordinarice qualquer que nem percebi mas que a julgar pelo sucesso da criatura deve ser muito engraçada. Veio o telejornal e ficou a promessa do regresso à tarde – a deles, porque já não havia espaço em casa para tanto instrumento e loura platinada. Fugi, pois claro.
Estamos só no início. Os Verões passados no centro histórico de Lisboa são uma festa constante: não há domingo sem a rapaziada dos Andes a tocar o Chiquitita dos ABBA, em versão Pipe, ou um rancho folclórico de trás-do-sol-posto patrocinado pela autarquia, ou colunas espalhadas pelas ruas onde se ouve, dizem os responsáveis, “boa música portuguesa” – leia-se Luís Represas, Mafalda Veiga, etc. e pense-se o que se quiser.
E o Verão é isto. Se cá nevasse esta gente ficava toda em casa.
E quem mora no centro histórico é quem primeiro se lixa, porque aqui o que não falta é animação – quer se queira ou não.
Não é fácil acordar convencido que o Toy está dentro de nossa casa – o cão teria ladrado, o gato miado, enfim ele não entraria sem que déssemos por isso. A não ser, claro, que o SIC 10 Horas nos resolvesse torturar com uma emissão fora de portas (as deles) e directa a nossas casas, sem passar pelo controlo remoto e sem opções de “mute” e “power off”. E nem adiantaria gritar pela janela porque o Toy, sempre romântico, sempre sincero nos elogios ao programa, estava com a corda toda e o vento não estava de feição. É difícil começar um dia assim, mas pior é ter de tomar o pequeno almoço com a Ágata, praticamente sentada na mesa da cozinha a pedir tresloucada que lhe levem o carro e as jóias e a casa mas que o deixem a ele, que todos pensam ser o filho. “Socorro, levem a Ágata!” – pedi. Debalde, a Ágata estava animadíssima. E mesmo que não estivesse, logo foi rendida por uma qualquer estrela da canção estridente - dessas loiras formatadas e cheias de problemas sentimentais para partilhar com o mundo. Com o aproximar da hora do almoço o acordeão do Quim Barreiros ainda nos lembrava que “Ele é um mestre de culinária…” e que havia de fazer uma ordinarice qualquer que nem percebi mas que a julgar pelo sucesso da criatura deve ser muito engraçada. Veio o telejornal e ficou a promessa do regresso à tarde – a deles, porque já não havia espaço em casa para tanto instrumento e loura platinada. Fugi, pois claro.
Estamos só no início. Os Verões passados no centro histórico de Lisboa são uma festa constante: não há domingo sem a rapaziada dos Andes a tocar o Chiquitita dos ABBA, em versão Pipe, ou um rancho folclórico de trás-do-sol-posto patrocinado pela autarquia, ou colunas espalhadas pelas ruas onde se ouve, dizem os responsáveis, “boa música portuguesa” – leia-se Luís Represas, Mafalda Veiga, etc. e pense-se o que se quiser.
E o Verão é isto. Se cá nevasse esta gente ficava toda em casa.
5 Comments:
Viva o verão e toda esta animação!!!
Ó ursa, não te sabia adepta das festas populares! As coisas que se descobrem nos blogues!
Estava no gozo!
ai que saudades do cheirinho a sardinha assada entranhado na roupa e da cervejola a escorrer pela goela... olha que os manjericos estao ai a chegar.
"Tiró carro põe o carro à hora que eu quiser, na garagem da vizinha, que doçura de mulher, trolarila trolaréla e aí vai disto pessoali"... Agora todos com coreografia...
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