Especial: caras notícias
Maravilhosa noite de gala nessa terra de boa gente de Oeiras e o seu altaneiro castelo isaltino, em sumptuoso chalet com vista de mar onde se reuniram as mai-belas e colunáveis figuras da noite portuguesa. Bom de comer e de beber, alegria e boa disposição reinaram diante da presença mais badalada da gala: a Avó Esquimó. (Dizer badalada-da-gala rápido três vezes). A Avó Esquimó, sempre gostosa com seu tailleur azul-pálido-turquesa calça-casaco e refinado cachecol de malha pura lã virgem das terras altas da Escócia. Divertidas presenças de focas e filetes, queijos eucalipos ice-teas e siberianos, com especial destaque para a exultada animação dessas participações fashion que com tão parco beberete conseguiram ainda assim roçar os limites de mais exuberante falatório. Não quero revelar nomes, apenas dizer que a madame começada em “P” e acabada em “A” e que no meio tem as letras “ATINADOR” estava assim um bocado pró mais atrevidota, e que sua amiga “M” acabado em “I” com as letras “IM” no meio ostentava igualmente umas faces rosaditas mui-reveladoras do ligeiro estado de alcoolemia que cirandava aqueles complexos agregados de massa encefálica. A surpresa da noite fez-se sentir com a aparição de aquecimento central que, com grande sacrifício pessoal decerto, lá dispendeu uns momentos da acesa campanha a colar cartazes para agraciar o animado serão.
Noite que é noite já se sabe, não passa sem um pouco de intriga. Estou a par das tenebrosas maquinações perpetradas pela calada: o escândalo, a tragédia, o horror! Sei bem dos planos para aditivar a minha sopinha de domingo com intenso estimulante intestinal, para me impossibilitar de exercer meu dever cívico em bom nome da república. Sim! Sei que sou um porco-fácista, mas já me basta viver rodeado de fósseis marxistas-leninistas para ver o seio de meu próprio clã conspirar contra a minha pessoa. Sim, arrogo-me o direito de eleger o penteado à Cary-Grant, a voz de cana rachada, o pescoço que não cabe na camisa. E que me caia já aqui um raio na cabeça se isto for uma grande asneira.
PIM!
4 Comments:
Badalada-da-gala-badalada-da-gala-badalada-da-gala, já está!
Para depois não virem cá dizer que eu saí de lá a enrolar a língua nos torpores etílicos da única garrafa de 0,75 l que se encontrava sobre a mesa para ser dividida por doze pessoas e mais um político que ainda se veio sentar no melhor lugar junto à vidraça com vista para a falésia sobranceira ao mar empurrando todos. E é que ficámos tão apertadinhos, mas tão apertadinhos, que nem conseguimos mais mexer os bracinhos para chegar à garrafa. E tão juntinhos ficámos, que o calor humano transbordou do coração e subiu às bochechas, pois então!
Eu subscrevo o que diz a Patinadora. A mesa era a mesma e raramente cheguei ao centro para entornar a garrafa. Mas estes repórteres só vêem o que querem e não perdem a deixa para difamar os colunáveis, e em vez de se referirem à magnífica maquilhagem, ao gloss, ao blush e ao rímel, aos brilhantes e carradas de jóias, não! Fazem apostas sobre quanto subirá o balão - meu amigo, passe uma noite em salto agulha, carregadinho de jóias e adornos, não precisa de beber nada que depois falamos, vai ver que vota em mim!
E mais ainda! Hás-de ficar careca, abominável, porque o raio vai mesmo cair-te na cabeça PIM!
Também tens acesso às cassetes das escutas, ó abominável repórter das neves? Como é que soubeste dos planos secretos da "operação açorda"?
É só para estimular os peristálticos entre as 8 e as 19 horas de domingo, para que diminuam as probabilidades de nos cair em cima ...o raio que nos parta. E depois, ultralevure e estimo as melhoras!
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