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2006-05-26

Crónica de uma Bandeira Portuguesa - Parte II



Uma da tarde. Arrancámos. Trânsito infernal, mais bichas. Fomos ultrapassadas pelas arruaceiras. Festival de gestos. Chegámos quase às duas da tarde.

Capítulo III - APERTÕES, APALPÕES E DESMAIOS
(Não necessariamente por esta ordem)


Subida a pé desde a marginal até ao estádio. Pelo caminho assa-se bifanas e há cerveja a rodos, vendedores quanto baste, apitos, cachecóis e bandeirinhas. Uma multidão gigantesca. O site dizia que às 11 da matina abriam as portas, mas tal só veio a acontecer à uma da tarde.
Uma voz masculina num altifalante diz para se aglomerarem à direita, ao pé do arbusto (Qual? Eram tantos...). Não conseguimos encontrar as outras amigas e separámo-nos das conhecidas de Peniche, as tais de um metro e setenta. Fomos andando e, antes de darmos por isso, estávamos envolvidas numa multidão na entrada errada (a voz do altifalante dizia que era à direita, mas dele... Portanto, à esquerda da multidão...). Quarta asneira.

No meio daquele mar de gente, fomos apanhadas por uma excursão de muitos autocarros de Vila Nova de Não-Sei-das-Quantas, composta por mulheres já desorientadas a berrar:
- "Ó Cremilde!", "Ó Cremilde, onde te enfiaste, mulher?!!". (A dita, pelos vistos, tinha-se posto ao fresco com o farnel) e
- "Ai, valha-me Nossa Senhora, ó Lurdinhas!", "Lurdíiinhas!!". (Esta devia ser a que tinha fugido com as bebidas).

Foi a confusão total. Empurrões, falta de ar, homens pelo meio aos apalpões, a Sandra a mandar tirar a "mãozinha", eu a bufar, o Scolari a pedir para levantarem os braços e a multidão sem ter espaço para dar um arroto.
Depois de muitíssimo bem espremidas, conseguimos finalmente entrar no estádio, onde vi pela primeira vez um elemento da organização.
Reportámos a falta dela. Cara pesarosa, mas encolher de ombros. Não esperavam tanta gente... (No comments!)
Estávamos a dez metros da bancada, mas já não se conseguia passar. Esperámos junto às ambulâncias. Passado pouco tempo, já nem ali se conseguia estar. Desmaios eram mais que muitos, sempre sob um sol abrasador e sem água. Os bombeiros estavam desorientados, a polícia também. Parecia uma cena do "Benny Hill": os bombeiros, para passarem de um lado para o outro da ambulância, tinham de entrar por uma porta e sair pela outra, sempre aos berros, com uma maca semi-aberta e cada um a puxar para um lado diferente. As pessoas que desmaiavam saíam por cima das cabeças da multidão e eram levadas em braços para trás de uma sebe, à sombra. Resta saber quem estava atrás dela... Espero que alguém credenciado, mas depois de tudo o que ví, já não digo nada!
A polícia mandou-nos sair dali para tentar criar finalmente um corredor de emergência. De facto, queríamos sair dali e do estádio e que a bandeira fosse para um dos muitos sítios para onde nos tinham mandado logo de manhã... Nova dificuldade: Sair. Quinta asneira.

Portões fechados e outra imensa multidão cá fora a querer entrar. Com a ajuda da polícia, lá conseguimos escapulir-nos por uma brecha, onde já estava um bêbado furioso a tentar entrar por cima das grades, com um

- "F....! Com tanta mulher lá dentro e não deixam um gajo entrar! Hics!!".

Levou para trás, pois então, que a polícia já estava a subir pelas paredes, assim como todos/todas nós.

Capítulo IV - O ASSÉDIO

Mal fugimos da confusão, sentámo-nos na estrada à sombra, a beber um Capuccino gelado e a dar descanso às pernas. Sexta asneira. Não se podia estar ali. Desde chulos, "mãozinhas", larápios, cromos e tarados, havia de tudo.
Por uma coincidência enorme, encontrámos as duas conhecidas de Peniche, esbaforidas. Uma delas tinha acabado de esmurrar um bêbado, que se tinha atracado sem cerimónia às glândulas mamárias da moçoila. Não se esqueçam que cá fora havia muita bebida fresca... E muita frustração por ficar de fora.
A esta altura do campeonato, já estávamos quase a perder a compostura. Descemos a estrada sempre rosnar "olha que levas um murro nos cornos!" e decidimos que o melhor era NÃO esperar pelo autocarro de regresso, senão íamos ter um resto de tarde igualmente memorável...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ai, mecinha. Proquetedeu! Uma nacionalite aguda e ainda não começou a compita futebolística.

Mas não te trates, porque te dá cá um jeitinho para a prosa. É pena é escreveres só de longe em longe.

QG

11:00 da tarde  

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