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2005-09-30

Folhas que caem no Outono




O Krazy Kat comenta a chegada do Outono.

E vocês? O que esperam? Há prémios bons. Um apartamento com vista para o mar e um automóvel de alta cilindrada com jantes de liga leve! Se duvidam, experimentem escrever o vosso comentário outonal, que o sorteio do melhor texto será feito em local a anunciar com direito a representante do governo civil e tudo. Ora.

2005-09-25

As pessoas sensíveis

As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas

O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra

"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão"

Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito

Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem

Sophia de Mello Breyner Andresen

2005-09-21

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

2005-09-15

Crítica literária à trigésima edição de O Código Da Vinci (versão sem bonecos)

Incitado por familiares e amigos, eis que dei por mim percorrendo esse retiro espiritual de férias nessa Odeceixe longínqua mergulhando nas portentosas páginas da trigésima edição de O Código Da Vinci, o famoso livro escrito pelo engomado Dan Brown.
O Código Da Vinci é a história fascinante de Robert Langdon, um professor americano de simbologia religiosa na Universidade de Harvard com a cara do Tom Hanks, e da sua química sexual reprimida com a sensual criptologista criminal francesa Sophie Neveu. Nas suas desventuras, Langdon e Neveu descobrem misteriosas pistas deixadas por um cadáver encontrado completamente morto no museu Louvre em Paris. Essas pistas conduzem-nos a uma alucinante fuga da polícia no Smart vermelho da sexy francesa pelas ruas da cidade-luz, levando-os a imergir nos profundos segredos de uma ordem secreta intitulada Priorado de Sião, da qual Da Vinci terá sido membro mas terá deixado as cotas em atraso. Esse facto irrita solenemente uns indivíduos maus da Opus Dei que tentam assassinar o par maravilha a todo custo, mas os leitores portugueses terão a desilusão em saber que o padre Vítor Melicias não protagoniza sequer como papel secundário em todo este emocionante thriller.
O livro é muito bom, um verdadeiro page turner. Está para a literatura como um Big-Mac está para a nouvelle cuisine, mas ao fim de 36 milhões de cópias vendidas não me parece que Brown sofra de problemas existenciais ao nível criativo. O Código Da Vinci é, basicamente, um bom filme. Claro que nunca chegamos a saber verdadeiramente quem é Robert Langdon para além de que conduz mal com mudanças e tem medo de andar de elevador. Mas isso também é devidamente compensado pelas tiradas sensuais de Sophie. Infelizmente, desenganem-se, porque as suas pernas não estão representadas na versão ilustrada do best-seller. Merde. Conclusão a respeito deste livro, recomendo que vejam o filme lá para Maio de 2006. Entretanto, olha, sei lá, vejam mas é o The Hitchhiker's Guide to the Galaxy que sempre vão melhor servidos.
Pá.