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2006-05-31

Se cá nevasse...



...fazia-se cá ski e tudo seria muito diferente!

Mas, ainda assim, foi muito divertido tudo o que se fez ao longo de um ano inteirinho de blogue. No dia 17 de Maio de 2005 foi este o primeiro título. Havia mais gente por aqui a escrever coisas, mas eu suspeito que todos continuam a vir cá espreitar quando podem. Nem sempre há tempo para botar faladura. Esta homenagem simbólica vem atrasada. Mas no último dia do mês ainda é válida. Não quis interromper o grande folhetim da bandeira nacional, até porque as cores verde e rubra vão ser os tons da moda de Junho, com sardinha e manjericos para adornar o cenário!

Venham esses relatos. E os desmaios com a bola. E as marchas na avenida. E as cervejas a rodos. E venham também os amigos! Porque a família convida...

PARABÉNS A VOCÊS!

2006-05-29

Crónica de uma Bandeira Portuguesa - Parte III














Capítulo V e último - PEIXEIRADA II

Fomos a pé até à marginal apanhar o comboio; só queríamos sair dali. Sétima asneira.

Chegámos à estação de comboios da Cruz Quebrada e.... surpresa das surpresas: rebenta outra peixeirada entre as vendedoras e os vendedores, que se tinham colocado nos sítios estratégicos e não deixaram que os outros "se estreassem".

Depois de muita gritaria e palavrões que fariam corar as arruaceiras do autocarro, lá chegou o comboio para regressarmos a casa. Foi um curso acelerado do mais puro vernáculo português, com umas variantes que eu nunca tinha ouvido...

O regresso a casa foi uma volta ao mundo até chegar ao carro em Entrecampos. Caso estivéssemos esquecidas ou distraídas, vimos como este Portugal é ainda tão, tão profundo....falta de organização, mau planeamento, ausência de informação, caos, falta de civismo, bebedeiras, falta de respeito, má-criação, chico-espertismo, em suma, tudo o que parece fazer parte da nossa nobre pátria e que não nos larga por nada deste mundo. Contudo, na televisão foi tudo muito bonito.

Cansadas? SIM! Imensamente, pela espera, calor, empurrões e espremidelas.

Stressadas ou chateadas? NÃO, garantidamente. Num só dia, tivemos o privilégio de fazer quinhentas mil coisas que jamais nos passariam pela cabeça em toda uma vida, muito menos de manhã quando nos levantámos....

Senão, vejam:

Cortámos uma estrada, parámos um autocarro, respondemos sarcasticamente com “cócorocós”, levámos um ralhete da polícia, apresentaram-nos desculpas, apoiaram-nos, rimos à gargalhada com as peixeiradas sem perder a compostura, saímos em ovação, socorremos desmaiadas, e, finalmente, ainda arregaçámos as mangas prontas para dar pancada aos bêbados e tarados.

Ora digam lá, se se pode almejar tanto num só dia??

;-))

2006-05-26

Crónica de uma Bandeira Portuguesa - Parte II



Uma da tarde. Arrancámos. Trânsito infernal, mais bichas. Fomos ultrapassadas pelas arruaceiras. Festival de gestos. Chegámos quase às duas da tarde.

Capítulo III - APERTÕES, APALPÕES E DESMAIOS
(Não necessariamente por esta ordem)


Subida a pé desde a marginal até ao estádio. Pelo caminho assa-se bifanas e há cerveja a rodos, vendedores quanto baste, apitos, cachecóis e bandeirinhas. Uma multidão gigantesca. O site dizia que às 11 da matina abriam as portas, mas tal só veio a acontecer à uma da tarde.
Uma voz masculina num altifalante diz para se aglomerarem à direita, ao pé do arbusto (Qual? Eram tantos...). Não conseguimos encontrar as outras amigas e separámo-nos das conhecidas de Peniche, as tais de um metro e setenta. Fomos andando e, antes de darmos por isso, estávamos envolvidas numa multidão na entrada errada (a voz do altifalante dizia que era à direita, mas dele... Portanto, à esquerda da multidão...). Quarta asneira.

No meio daquele mar de gente, fomos apanhadas por uma excursão de muitos autocarros de Vila Nova de Não-Sei-das-Quantas, composta por mulheres já desorientadas a berrar:
- "Ó Cremilde!", "Ó Cremilde, onde te enfiaste, mulher?!!". (A dita, pelos vistos, tinha-se posto ao fresco com o farnel) e
- "Ai, valha-me Nossa Senhora, ó Lurdinhas!", "Lurdíiinhas!!". (Esta devia ser a que tinha fugido com as bebidas).

Foi a confusão total. Empurrões, falta de ar, homens pelo meio aos apalpões, a Sandra a mandar tirar a "mãozinha", eu a bufar, o Scolari a pedir para levantarem os braços e a multidão sem ter espaço para dar um arroto.
Depois de muitíssimo bem espremidas, conseguimos finalmente entrar no estádio, onde vi pela primeira vez um elemento da organização.
Reportámos a falta dela. Cara pesarosa, mas encolher de ombros. Não esperavam tanta gente... (No comments!)
Estávamos a dez metros da bancada, mas já não se conseguia passar. Esperámos junto às ambulâncias. Passado pouco tempo, já nem ali se conseguia estar. Desmaios eram mais que muitos, sempre sob um sol abrasador e sem água. Os bombeiros estavam desorientados, a polícia também. Parecia uma cena do "Benny Hill": os bombeiros, para passarem de um lado para o outro da ambulância, tinham de entrar por uma porta e sair pela outra, sempre aos berros, com uma maca semi-aberta e cada um a puxar para um lado diferente. As pessoas que desmaiavam saíam por cima das cabeças da multidão e eram levadas em braços para trás de uma sebe, à sombra. Resta saber quem estava atrás dela... Espero que alguém credenciado, mas depois de tudo o que ví, já não digo nada!
A polícia mandou-nos sair dali para tentar criar finalmente um corredor de emergência. De facto, queríamos sair dali e do estádio e que a bandeira fosse para um dos muitos sítios para onde nos tinham mandado logo de manhã... Nova dificuldade: Sair. Quinta asneira.

Portões fechados e outra imensa multidão cá fora a querer entrar. Com a ajuda da polícia, lá conseguimos escapulir-nos por uma brecha, onde já estava um bêbado furioso a tentar entrar por cima das grades, com um

- "F....! Com tanta mulher lá dentro e não deixam um gajo entrar! Hics!!".

Levou para trás, pois então, que a polícia já estava a subir pelas paredes, assim como todos/todas nós.

Capítulo IV - O ASSÉDIO

Mal fugimos da confusão, sentámo-nos na estrada à sombra, a beber um Capuccino gelado e a dar descanso às pernas. Sexta asneira. Não se podia estar ali. Desde chulos, "mãozinhas", larápios, cromos e tarados, havia de tudo.
Por uma coincidência enorme, encontrámos as duas conhecidas de Peniche, esbaforidas. Uma delas tinha acabado de esmurrar um bêbado, que se tinha atracado sem cerimónia às glândulas mamárias da moçoila. Não se esqueçam que cá fora havia muita bebida fresca... E muita frustração por ficar de fora.
A esta altura do campeonato, já estávamos quase a perder a compostura. Descemos a estrada sempre rosnar "olha que levas um murro nos cornos!" e decidimos que o melhor era NÃO esperar pelo autocarro de regresso, senão íamos ter um resto de tarde igualmente memorável...

2006-05-25

Crónica de uma Bandeira Portuguesa - Parte I



Não quis deixar de partilhar convosco este texto hilariante... Como é grande, vai ter vários capítulos.

E de um Portugal muito, mas mesmo muito profundo!
20 de Maio de 2006, todo o santo dia!



Capítulo I - A BANHADA

Podia ter-me dado para pior... Mas o certo é que me levantei cedo no sábado, fresca e bem disposta, para ir para a bandeira mais bela do mundo.

Às 10h da manhã já estava em Lisboa para me encontrar com a minha amiga Sandra. Fomos para Entrecampos apanhar o autocarro para o Estádio, mas autocarros nem vê-los! Primeira asneira.


Perguntámos a dois GNRs (um segurava nos cavalos e o outro enfiava uma cervejola pela goela abaixo) e mandaram-nos para o Campo Grande. Metemo-nos no Metro. Segunda asneira. Lá em baixo estava uma multidão de estudantes a berrar RFI e aos hurras, pulos e encontrões, e quase que andámos pelo ar... Por pouco não fomos arrastadas para a benção das fitas. Fizémo-nos de pequeninas, encolhemo-nos e lá conseguimos chegar ao Campo Grande, já fartas do banho de multidão, mas ainda sem saber o que nos esperava depois...

Capítulo II - A PEIXEIRADA

Ai que bela bicha nos esperava! (Sim, bicha, que eu falo português). Tinha aí uns 200 metros de comprimento e dois de largura. Os autocarros lá iam arrancando com o mulherio e uns tantos homens "a tomar conta", mas perto da nossa vez deixou de haver transporte.
Esperámos pacientemente ao sol e lá fomos metendo conversa umas com as outras, para passar o tempo. Conhecemos duas raparigas que tinham vindo de Peniche, aí com um metro e setenta cada uma (isto é importante, como verão depois).
Passado um bocado, começaram a chegar os vendedores ambulantes, que nos massacraram durante uma hora com:

- "olhó apito",
- "olha a capa pró telemóvel",
- "vá lá filhas, só 1€, tá a acabar!".

Ninguém comprava nada. Então passaram a andar para cima e para baixo, só para fazer olho gordo ao mulherio e dizer umas parvalheiras, até que uma velha os enxotou com uns berros e a ameaça de uma mala nas trombas.
Acalmaram-se os ânimos. Chega finalmente um autocarro mas... Oh!! Pára no fim da bicha (200 metros mais abaixo) e começa a meter pessoal à balda.
Aquecem os ânimos outra vez. Começámos a protestar, mas lá atrás não estavam nem ralados. O autocarro arrancou e nós andámos para o meio da estrada, fechando a saída. O autocarro pára e começa a confusão... O motorista abre a janelinha e diz:

- "Eu apanho quem quero e onde quero e caluda, ó mulheres! (Era para as que estavam lá dentro ou cá fora?). Toca a andar!"
Terceira asneira (esta foi só dele). O autocarro não sai, as que lá iam dentro começam aos insultos e aos gestos, muito valentonas com as portas e janelas fechadas, claro! Cá fora, com civismo e firmeza, ninguém arredava pé. Fomos mimoseadas e epitetadas com tudo de mais vernáculo que a língua portuguesa tem. Com mais ou menos calma, chamámos a polícia.
Os autocarros das carreiras dos subúrbios também não conseguem sair e começam a buzinar com raiva. Um motorista mete a cabeça de fora e grita:

- "Ó tiazinhas, vão para casa coser meias!! Eu estou a trabalhar e não consigo passar!".

O mulherio responde:
- "Se tem pressa, faça marcha atrás e contorne, que abrimos passagem!!".

- "Bando de malucas, precisam é de uma carga de porrada".

- "Óh homem, não se meta, se tem pressa vá andando!!".

- "Bando de galinhas!!",

- "Cocorocó"!

...E por aí fora... Juntam-se os mirones habituais, cada vez mais gente e... Chegam 4 carros de polícia, com grande aparato. As da bicha aplaudem, as do autocarro borram-se.
O primeiro polícia a sair ficou logo com os tímpanos furados. Elege-se uma comissão de cada um dos lados, tudo na maior confusão. Sai do autocarro uma lambisgóia a dizer que era amiga dos jogadores e tinha que sair já. Assobios e gargalhadas. A dita-cuja volta para dentro derrotada e sai uma padeira-de-aljubarrota, com barrigona e bigode a condizer, a mostrar um crachá.

A comissão das apeadas diz:
- "Olha, olha, andam a distribuir disso ali na esquina... As filas são para se respeitar!"

A padeira-de-aljubarrota fica sem argumento e retira-se, ferida na sua esperteza saloia. Fecha-se a porta do autocarro. Nova ronda de gestos feios das motorizadas. As apeadas fazem queixa, os polícias vão lá dentro ralhar. Mandam o motorista manter a porta fechada, o motor desligado e as janelas fechadas.
Passa mais uma hora e meia. Lá dentro abanam-se furiosamente.
Abre-se a porta do autocarro. Já desgrenhadas, despenteadas e a suar por todos os cantos, decidem que podem levar mais 10 apeadas. Ninguém aceita. Apupos. De novo gestos feios e narizes esborrachados no vidro. Lá vai a polícia outra vez mandá-las estar quietas...
Contudo, cá fora ninguém deu pelo tempo passar. Aquela hora e meia passou veloz. Foi divertidíssimo, o máximo. Só faltaram as farturas!
Chega finalmente um autocarro, mas ninguém entra sem a polícia se comprometer que não deixa sair o outro. Entramos por fim, sob aplausos da bicha (cada vez maior!) e "tomas" e "big fingers" do autocarro. A polícia vai lá outra vez...

2006-05-20

Come Here



http://danielcarrapa.tripod.com/Here.mp3

Estou sim? Posso dedicar a música? Era para a nossa querida patinadora, esta bela musiquita! Será que isto vai?

[Kath Bloom, Come Here]
_
Lembram-se disto?
_
Adenda: deixo o link à laia de copy-paste. Ainda estou às voltas com isto...

2006-05-17

Mr. Unhappy



Why do you want me to be what I could never be?
Why do you want me to act like I was another man?
You always say I'm crazy, then why do you stay with me?
Oh, tell me why...

Mister Unhappy
Mister Always Angry
Mister Always Sad
Mister Dissatisfied
Tell me what to do
So I could be with you
Tell me how to be
So you could love me...

I tried to behave for you
Just so you would not argue
I changed my personality
So you treat me with decency
My feisty temper doesn't agree
With your perfect idea of me
You even made a proposition
That I should be on medication
Remind me what you love about me, mister

Mister Unhappy
Mister Always Grumpy
Mister always cool
Mister often cruel
You're the one saying "I need some serious, serious fixing
But who the hell are you to tell me what to do?

Now it's over and I feel like a newborn child
I see hope and beauty in the little patches of grass
You almost made me be like one of your sad fantasies
You almost made me feel like I wasn't with you...
No more wasting my life with you, Mister

Mister Superficial
Mister "I am so special"
Mister "Something's wrong"
Let me sing you a song
Mister Unhappy and Angry
Mister Sad and Dissatisfied
Mister controlling and mind fucking
Grumpy and Complexity
Mister cool, mister often cruel
You're so unhappy and lonely
Always saying "something is wrong with me"
Well, something is wrong with you, man
Because ever since it's over between you and I
I feel so... amazing!
Mister Unhappy...
Why didn't you let me be?

_
Porque todos os pretextos são bons para postar uma imagem da Julie Delpy! Olala...

2006-05-16

Vou deixar isto por uns tempos!

Não quero comunicar.

2006-05-15

Salmorejo e vista para o Tejo...




O João Pedro Dinis tem as brasas do seu fogão sempre acesas em Ardeu a Padaria e, de vez em quando, enche-me de desejos gastronómicos e faz-me perder a linha e o jejum. Sobretudo porque é tudo muito fácil. Ou, pelo menos, parece. E é tudo muito bom.

Com o estio a começar a entrar pela minha varanda adentro, de onde me debruço e até consigo ver o azul do rio, não resisto a partilhar o gaspacho dele convosco. Ou salmorejo, que é uma palavra ainda mais bonita!

«Comecei com uma fatia generosa de pão alentejano, sem a côdea, que miguei para dentro do copo misturador. Depois tirei a pele a 5 tomates maduros, parti-os aos quartos e juntei ao pão. Acrescentei um dente de alho, uma pitada generosa de bons orégãos, sal grosso, coloquei a tampa e carreguei no botão. Quando a misturada começou a ficar homogénea, tirei a "tampinha da tampa" e por aí deitei 2 colheres de sopa com azeite. Deixei incorporar e juntei 2 copos com água. Segundos depois parei a máquina e provei. Juntei um pouco de vinagre (cada um saberá o que isto quer dizer), uma pitada mais de sal e de água, mexi e provei até ficar contente. Depois deste "batido" cor-de-rosa ter refrescado no frigorífico, ficou perfeito. É assim que se recebe o verão, que ainda tarda…»

Pois já não tarda assim tanto!

2006-05-11

Veeeeeeeerdeeee....

Imperdível! Genial! Verdadeira tortura chinesa para vossos ouvidos. Proezas canoras inatingíveis ao comum mortal. Oiçam. Por vossa conta e risco:

1) O Nosso Amor É Verde;

2) Não sei o que é isto mas também é produto do bom.

2006-05-09

Ma maison de ma nuit de lumière




Ma maison de ma nuit de lumière
c'est le jour rectangulaire du monde
c'est mon petit vêtement de satin de chevalier splendide
c'est la superfice infinie de ma vue
de la vue d'une poupé de toutes les couleurs
c'est la voiture du voyageur voyant

Fernando Alves dos Santos
in A Intervenção Surrealista
Assírio & Alvim 1997

Esta é a ode dedicada à abominável criatura que hoje está de parabéns! Que tal esta voiture du voyageur voyant...?

2006-05-08

Fidelidade



Diz–me devagar coisa nenhuma, assim
como só a presença com que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
Quanto assim não digas é por mim
que o dizes. E os destinos vivem-se
como outra vida. Ou como solidão.
E quem lá entra? E quem lá pode estar
mais que o momento de estar só consigo?
Diz-me assim devagar coisa nenhuma:
O que à morte se diria, se ela ouvisse,
Ou se diria aos mortos, se voltassem.

Jorge de Sena
in OBRAS DE JORGE DE SENA
ANTOLOGIA POÉTICA, EDIÇÕES ASA, 2001

2006-05-03

No escurinho do cinema...



Hoje o PÚBLICO brindou os leitores da sua edição diária, em suporte de jornal, com um DVD que há muito eu queria trazer para casa. Custou só mais €8,90. Mas o que é isso perto do Annie Hall que eu ansiava rever? A colecção do Woody Allen está lá nas prateleiras da FNAC, mas de uma só assentada seria um rombo no bolso. Trouxe o último da montra na papelaria. E já sinto o sorriso a deformar-me as bochechas que não se contêm de contentamento...


O écran dividido em dois, o casal em terapia, cada um para seu lado, os mesmos problemas, as visões sempre diferentes. O Alvy está num consultório e a Annie está noutro. Roda a fita!


Alvy's shrink: How often do you sleep together?

Annie's shrink: Do you have sex often?

Alvy: Hardly ever! Maybe three times a week.

Annie: Constantly! I'd say three times a week.


Em jeito de requiem, aqui passo a projectar outros filmes que hão-de estar guardados nas vossas memórias, de muitos amores e desamores, ou até nem isso. Não é cinema independente. É mesmo daquele que nos deixa dependentes até ao fim da vida!



Wild at Heart



The Unbearable Lightness of Being



Lolita



All About Eve



Belle De Jour



Rear Window



Atame



Sunset Boulevard



Match Point



The Age of Innocence



Closer



Vertigo



Gone With The Wind



Out of Africa



End of the Affair



Habla Con Ella



Lost in Translation



From Here To Eternity



La Femme d'à Coté



The English Patient



Casablanca



La Dolce Vita



À Bout De Souffle


E resta-me agradecer as fotos furtadas a Um Amor Atrevido.

2006-05-02

Lisbon revisited (1926)



"Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo."

Álvaro de Campos