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2005-11-23

Cousa tã linda!



A foto foi roubada à Miss Pearls, que por sua vez já a tinha roubado ao Bodegas. Mas podia ter sido tirada por mim. O trambolho vê-se da minha janela. No último fim-de-semana causou o maior engarrafamento de carros e concentração de pessoas que vieram ver o monstro ganhar vida. Fez-se luz na Baixa. E quem secretamente desejou um curto-circuito colectivo, acabou a suspirar sob os gordos pingos da chuva e as buzinadelas do tráfego. Ninguém saiu electrocutado. Pena.
Abençoado Natal...

2005-11-21

«Os paneleiros hádem morrer todos»


Depois de muito me indignar a ler artigos de opinião de quem, como o Miguel Sousa Tavares, devia pelo menos saber o que está a dizer antes de desatar a lançar veneno (ver público de sexta-feira, 18 de Novembro de 2005), resolvi abrir aqui a discussão transcrevendo o comentário de Ana Sá Lopes ao prémio Arco-Íris atribuído pela ILGA e recebido por, entre outros, a jornalista Fernanda Câncio.

«Os paneleiros hádem morrer todos». A frase é de um dos elementos de uma milícia organizada que em Viseu decidiu perseguir, ameaçar e atacar homens gay – e a frase é também o título da peça com que Fernanda Câncio, Grande Repórter do Diário de Notícias, trouxe a homofobia para as primeiras páginas dos jornais portugueses. Investigar a homofobia, torná-la visível, denunciá-la: eis um trabalho fundamental de jornalismo e de cidadania. Fernanda Câncio fê-lo em Viseu, ao procurar, descobrir e interrogar os criminosos - pondo também em evidência, afinal, a ineficácia e relutância das autoridades policiais e judiciais. Fê-lo ainda no DN, uma vez mais, a propósito de Viseu e do Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia, num caderno abrangente dedicado à homofobia em Portugal - que incluía uma inevitável entrevista a João César das Neves e em que Fernanda Câncio desmonta bem “a discriminação que se traveste de tolerância”. Porque a homofobia precisa de ignorância e a ignorância também precisa da homofobia, a campanha (não lhe chamemos notícia...) do Expresso contra a Educação (ai) Sexual nas escolas era transparente nos seus objectivos, mas foi Fernanda Câncio quem assumiu a responsabilidade de, com rigor, expor esse logro nas páginas do DN.(...) É que a jornalista Fernanda Câncio explicou também a declaração de inconstitucionalidade do artigo 175º do Código Penal, que institui uma idade do consentimento para homossexuais diferente da idade do consentimento para heterossexuais. No entanto, salvo algumas excepções notáveis (São José Almeida, José Vítor Malheiros e Daniel Oliveira), esta declaração de inconstitucionalidade veio gerar repetidas confusões nas mentes mais insuspeitas, para além, claro, das suspeitas. Mas foi a f. que reagiu como nós gostávamos de poder reagir depois de anos de comunicados de imprensa a explicar tudo devagarinho:

não há cu
juro: se volto a ouvir ou a ler a teoria das gravidades relativas das violações "homossexuais" e "heterossexuais" a propósito do artigo 175 e da decisão do tribunal constitucional sobre a sua inconstitucionalidade sou bem capaz de ir por aí fora a desferir golpes de código penal, de preferência bem anotado. a última foi naquele programa da sic notícias que, julgo, dá pelo nome de eixo do mal, onde josé júdice e pedro mexia soltaram, com ar de grande gravidade e reflexão, considerações sobre "ser pior uma violação homossexual que uma violação heterossexual" e ser isso que "está também em causa no artigo 175". ARRE. meus caríssimos senhores, que nem tenho por débeis mentais: informem-se antes de serem filmados a opinar sobre tudo e mais alguma coisa. violação, caso não saibam, é um crime que dá precisamente por esse nome. abuso, caso não saibam, também é um crime que dá, imaginem, pelo nome de abuso. e o artigo 175, imaginem, não dá por nenhum desses nomes por uma simples razão: é que não tem nada a ver com violação e com abuso. tem a ver, como aliás o vosso colega de eixo daniel oliveira vos explicou, com a idade do consentimento. e com o facto de o nosso ordenamento jurídico determinar que um/a jovem entre 14 e 16 anos pode ter maturidade para decidir ter uma relação com um adulto doutro sexo, mas não com um adulto do mesmo sexo. ok? ah, e só mais uma coisa. o josé júdice não sabe como é que uma menor pode ser abusada por uma mulher adulta. foi ele que disse.

(...) E está dito. Em pleno Fórum do Casamento entre Pessoas de Mesmo Sexo, a caminho da vanguarda, premiamos a Fernanda Câncio... e a f. A glória não é fácil, mas é merecida.

Ana Sá Lopes (aka asl), in gloriafacil.blogspot.com

2005-11-17

O inferno é aqui!




Um amigo está em vias de ensandecer por excesso de barulho. Aquilo que todos definem como música ambiente, para ele passou os limites do tolerável. Há muito ruído. Orelhas mal lavadas. E muito mau gosto. É um problema transnacional.

Por isso, assinemos o MANIFESTO já!

A bem do silêncio. Por amor à música.

Pudesse eu



"Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!"

Sophia de Mello Breyner Andresen

2005-11-15

Eu sou uma Bola de Berlim!



Foi há quinze anos.
Estava eu a ver televisão. E vai daí o muro dasabou. Muitos alemães treparam o betão, de um lado e de outro, ficando lá dependurados a festejar durante horas. Ou então foram as câmaras que transmitiram as imagens num looping interminável e histórico. Mas ali no meu sofá a realidade parecia pouco plausível, mesmo com as Portas de Brandenburgo por cenário, e de telecomando em punho fui percorrendo os canais vizinhos (eram menos nessa altura!) à procura de confirmação. Die Mauer ist gefallen. Goodbye Lenin.

Nove de Novembro de Mil Novecentos e Oitenta e Nove. E ninguém aqui se lembrou de assinalar. Mesmo quem há meses atrás enchia o peito para escrever:

"All free men, wherever they may live, are citizens of Berlin, and, therefore, as a free man, I take pride in the words 'Ich bin ein Berliner!'"

John F. Kennedy, 26 de Junho, 1963

Na qualidade de Citizen of Berlin, por muito lisboeta que seja, venho aqui lembrar a data com alguns dias de atraso. E abro a boca para trincar as palavras do Presidente dos EUA, que ficaram para os anais da história como a mais saborosa private joke sobre JFK, abrindo as parangonas dos jornais na manhã seguinte. Que verdadeiro pitéu. Ein gutes Frühstück! As palavras são traiçoeiras e ele disse-o com todas as letras. Eu sou uma Bola de Berlim! Não façam confusão. Er ist nicht berliner, er ist ein Berliner. Em sessenta e três not all men were free e ainda o muro era alto.

Festejemos pois a reunificação alemã. Sacudindo com os dedos o açúcar que fica nas bochechas e na ponta do nariz. Se for com creme ainda melhor.

2005-11-14

Há links quentinhos

Na barra lateral há novos links com o alto patrocínio da administradora... perdão, patinadora cá do blogue. Aceitam-se mais propostas, vá agora qu'é quentes e boas com'á castanha assada!

2005-11-08

Pergunta:

O que acham da imagem de topo a preto e branco? Preferiam as anteriores? Gostavam de ver alguma remodelação no blogue? E links: nunca compusemos a secção "outras paragens". Se tiverem links que gostavam de ver colocados na barra lateral, digam qualquer coisa! Se não tiverem, digam na mesma! Pá!...

2005-11-04

Presidenciais 2006

Do alto do meu actual penteado à Nuno Rogeiro cumpre-me deslargar uns bitáites sobre as presidenciais de modo a iluminar-vos das muitas dúvidas que vos assaltam nesta importante questão. Enquanto Cavaco Silva, o professor esticadinho, continua a sua descida triunfal avenida abaixo, o colérico candidato pensionista Mário Soares acusa-o de não ter “cultura humanística”. Não ter cultura humanística é quase tão irritante como aquele penteado à Cary Grant. Mas o verdadeiro escândalo reside no facto de, enquanto o super-Mário fez uma fundação, foi deputado europeu, publicou dez livros, viajou e fez conferências, presidiu a comissões e desfilou contra a Guerra do Iraque, Cavaco esteve a trabalhar. Onde é que já se viu!
Nada disso comove Manuel Alegre que prossegue a sua caminhada na esperança de entalar o seu fixe amigo. Alegre não é fixe mas é um gajo porreiro. Aquelas barbas grisalhas são concerteza boa companhia para um vinho tinto de eleição e um queijo de serpa. Se os problemas do país se resolvessem com cantigas à volta de uma mesa, Alegre era o homem. Às vezes dá-me vontade de votar no Manuel Alegre, assim a modos que por pena.
Prosseguindo, temos então Jerónimo de Sousa. Temos, aliás, dois Jerónimos: o presidenciável e o líder do PCP. Estou convencido que são mesmo duas pessoas distintas. Ou então é assim um fenómeno tipo super-homem a meter os óculos. Jerónimo põe a gravata e fica outra pessoa, irreconhecível. Mas Jerónimo tem um ar mais anal, assim constrangido, estão a ver. Já não gostava de beber um copo com ele.
O último dos moicanos, ou dos tristes, é Francisco Louçã. Acho que nem se pode levar este gajo a sério como candidato, é mais assim um comentador interno, um gajo que vai na corrida só para dar uns palpites. O Louçã também é fixe mas tem aquelas arremessadas ao leninismo. É sempre de ter cuidado com estes gajos. Quando vamos a ver já estamos a caminho da Sibéria, o que é desagradável quando já estamos atrasados para o jantar.
Concluindo e parafraseando a nossa querida artrítica, entre cavaquear e votar alegre talvez o melhor ainda seja partir a louçã em cima destes palermas todos, sei lá! Tenho mas é de ir cortar o cabelo.

"I want my MTV"




Eis, pois, a Mimi no rescaldo do grande acontecimento pop do ano: os MTV Europe Music Awards Lisboa 2005!

Aquilo é que foi dançar Madonna, Shakira, Robbie Williams e tudo a que dava direito o seu magnífico bilhete VIP.

Metade da bancada IP (faltava o V, porque as verdadeiras estrelas brilhavam sentadas noutro sítio) viu o espectáculo pela televisão colada ao balcão dos patrocinadores de bebidas. Três adolescentes ao meu lado embebedaram-se de tal maneira, ainda a procissão ia no adro, que fui mesmo obrigada a pedir a um deles – que insistia em fazer amizade e contar-me os seus problemas – para se ir sentar longe. A bancada, apinhada de bifas esfumaradas e histéricas, mal despidas e mal criadas tinha aliás muito pouco de VIP, e já era mesmo só bancada P (de pirosada), mas estava bem posicionada e dava para ver tudo.

Vi a magnífica actuação da Madonna – que está cada dia melhor e electrizante nesta versão disco – dos Coldplay (muito bons), do Robbie Williams (o "Mr Entertainment" em pessoa!), da Shakira e de todos os outros, num sortido musical que não se consegue todos os dias. Enfim, vi o que todos viram na televisão, mas numa outra perspectiva.

Seguiu-se a festa cheia de comes e bebes e malta. As estrelas não estavam lá, claro, mas estava eu que dancei até ver estrelas.

Saí, ia avançada a noite, ainda cantarolando o “Blue Monday” dos New Order – vá-se lá perceber o revivalismo – e segura de que o entusiasmo pode ser independente da qualidade do espectáculo: que me diverti à farta, mesmo sabendo que a cerimónia não foi a melhor de sempre. Mas que importa isso? O espectáculo foi decididamente o melhor do meu dia de ontem, que terminou, aliás, com uma viagem de táxi à borla porque o taxímetro deixou de funcionar e o motorista, uma simpatia, entendeu que não teria como me cobrar.

Há dias mesmo bons! Venham mais.