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2005-10-24

Have dinner ready!



Você é uma dona de casa perfeita?

Então aprenda o que deve fazer, o que não pode fazer, o que tem que calar e como manter debaixo de olho a panela que está ao lume! Ele é o senhor da casa. Conheça os seus direitos.

Leia o Guia que foi publicado a 13 de Maio de 1955. Que Nossa Senhora de Fátima nos valha a todas! Ainda há muitos lares onde é assim. Tal e qual.

A good housewife always knows her place. Don't you?

Aprenda a enfrentar o mundo com a nova esfregona de franjas absorventes na mão. A sua roupa é mais branca que a do estendal da vizinha. E esse cheirinho a sabão natural. É que o algodão não engana. A margarina vegetal que derrete na frigideira torna tudo mais apetitoso. Até já esqueceu as nódoas que os miúdos trouxeram na roupa do colégio!

Mas, afinal, o que vai ser o jantar?

2005-10-18

O que realmente aconteceu!

Dia 9 de Outubro de 2005:

8h00 - Abrem as urnas.

8h01 - Santana Lopes vota vindo directamente da noite.

8h15 - Soares acorda e não sabe que dia é.

8h16 - Soares vai à casa de banho e perde-se no corredor.

8h30 - Sócrates vota e comenta para o "amigo" que hoje vai ser um grande dia.

8h32 - Maria Barroso descobre Soares na cozinha e leva-o para a cama.

8h45 - Carrilho acorda e telefona à Bárbara para se juntarem e irem votar.

9h00 - Zezinha entra na missa antes de ir votar.

9h35 - Santana Lopes deita-se.

11h00 - É colocado um banco à frente da mesa de voto nº 2 da secção de voto 54.

11h01 - Marques Mendes vota na mesa 2 da secção 54.

11h02 - É retirado o banco.

11h30 - Jerónimo de Sousa chega à sede do PCP onde começa a ouvir cassetes de tempos antigos e músicas revolucionárias.

11h45 - Louçã fuma o segundo charro do dia e já se está a borrifar para os resultados.

12h00 - Soares consegue finalmente levantar-se e veste-se para ir votar.

12h05 - Maria Barroso volta a vestir Soares depois de lhe virar as calças para o direito.

12h30 - Soares Junior vota e telefona ao pai a pedir ajuda.

13h00 - Seara vai votar aproveitando o intervalo do jogo da manhã na Sport Tv.

13h00 - Soares chega ao local de voto.

13h05 - Soares adormece na fila para votar.

13h06 - Soares acorda e não sabe onde está.

13h10 - Soares vota mas não sabe onde pôs a cruzinha.

13h15 - A caminho de casa Maria Barroso vê uma cruz desenhada na mão de Soares.

15h00 - Carrilho vota mas não cumprimenta o presidente da mesa.

15h30 - Carmona vota e mostra-se confiante perante os outros dois candidatos homens e as duas mulheres.

15h31 - Sá Fernandes vota e reafirma-se homem.

15h32 - Ruben de Carvalho mostra com orgulho a sua masculinidade num voto poderoso.

15h33 - Zezinha sai da missa e vai votar dizendo não conhecer nenhum Carmona.

15h34 - Carrilho não se pronuncia e fecha-se no quarto a brincar com uma Barbie já antiga.

17h00 - Louçã vota e manda uma marrada na porta de tão charrado que está. Embora com aparato no impacto, o incidente é levado a rir.

17h15 - Soares adormece.

19h00 - Carmona ganha Lisboa.

19h01 - Seara arrasa em Sintra.

19h02 - Rio esmaga no Porto.

19h30 - Soares acorda e telefona ao filho a dar-lhe os parabens.

19h31 - Maria Barroso mete Soares na cama e pede-lhe que durma.

20h00 - Carrilho discursa não assumindo a derrota e acusando Carmona de ser mau.

20h30 - Socrates esconde-se numa sala no Largo do Rato e faz beicinho.

20h45 - Jorge Coelho culpa a direita fascista.

21h30 - Mudam as pilhas ao Jerónimo de Sousa.

21h31 - Jerónimo de Sousa faz um discurso de vitória e exulta frases de 1917.

22h00 - Carmona abre uma gafarra de whisky mas esconde-a de Sá Fernandes e de Miguel Portas.

22h30 - Avelino Ferreira Torres foge para o Marco mas como não conhece a cidade perde-se e acaba aos pontapés aos caixotes do lixo.

22h45 - Em Gondomar o Major explode com a vitória e quer bater em tudo e todos.

23h00 - Fátima Felgueiras distribui pelouros por alguns presos e mete uma muda de roupa num saco azul, em caso de ter que sair. Só cabe uma muda de roupa porque o saco já está cheio.

23h10 - Soares acorda e comemora a vitória como Presidente. Maria Barroso mete-o na cama e dá-lhe dois comprimidos.

23h15 - Bárbara manda Carrilho para a cama sem jantar e tira-lhe o Ken durante uma semana por castigo.

23h30 - João Soares chora em Sintra e prepara candidatura a uma Junta na margem sul.

00h00 - Zezinha é eleita e comemora com um chá e umas torradas.

00h01 - Soares adormece sem perceber o que aconteceu.

00h02 - Santana Lopes acorda e vai para a noite.

2005-10-17

M-u-l-t-i-ó-p-t-i-c-a-s



O que eles pensam de nós!
Era mesmo bom que precisássemos todos de óculos fundo de garrafa, pois teríamos desculpa para não ler coisas destas. Estava eu a passear pela frente da janela do blogue de um amigo e eis o que vejo por entre as persianas...

«Óculos Fundo de Garrafa
Não deixem de espreitar o lindo retrato que fazem da nossa querida Lusitânia.»

Ai que a minha conjuntivite não aguenta!

2005-10-13

"Em Outubro, o mundo inteiro cabe novamente em Lisboa..."

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Primalhada, família, amigos

Não me fica nada bem fazer publicidade, mas sendo eu uma Mimi empenhada na construção de um mundo melhor, ocorreu-me partilhar convosco a beleza de se aprender coisas novas, desta vez no cinema.

Está aí o Doc Lisboa 2005 e eu lá estarei! A programação vale bem a maçada de ficar a jantar num bom restaurante e adiar o regresso a casa depois de um dia de trabalho, já com a barriga cheia de bons filmes.

As “Histórias da Europa: Nacionalismos, Identidades e Fronteiras” fazem parte da programação deste ano, cheia de filmes que nos dão a conhecer a nova Velha Europa, agora mais junta e mais acessível. Há homenagens ao documentário russo e do leste europeu. Há muitos filmes e muitos bons.

Se puderem, passem pela Culturgest entre os dias 15 e 23 de Outubro. A edição anterior foi magnífica e esta parece ser ainda melhor. É mesmo um privilégio ter tantos bons documentários para ver. Façam-se à net e procurem o programa. Adiem reuniões, jantares e outros compromissos, vão ver bons filmes e deliciem-se.

Quem avisa...

2005-10-10

Esta ditosa pátria amada!



Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de ter nascido nela.

Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.

Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço. És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não!

Jorge de Sena


(Missiva igloominada que me chegou à mão em boa hora...)

2005-10-07

Nããããããããããã...



No domingo, tenho cá para mim, que não vou votar!