O meu momento Gabriel Alves
Foi o festival da cartolina amarela no caldeirão de Nuremberga. Os 40 mil telespectadores que estiveram presentes no Franken-Stadion (mais parecia Frankensteindion) puderam assistir a uma das mais épicas batalhas campais da história da copa do mundo. Se cá nevasse o Valentin Ivanov ia de patins. Como não nevou calhou ao "puto" levar com um holandês voador em cima e sair ao quarto de hora. Seria razão suficiente para que o bombardeiro Maniche enchesse o pé-canhão e ao minuto 23 traçasse o rumo da noite. A partir daí: sangue, suór, lágrimas, pontapé, canelada e cabeçadas; houve de tudo um pouco. A estrelinha brilhou e a Nossa S'inhora do Caravaggio lá vai abençoando o bigodudo mais bem amado do país, pelo menos até ao próximo sábado. O Aquecimento Central que não se meta com o nosso ídolo senão tenho de o pôr de molho no estendal ao lado da bandeira das quinas. E lá que a Diana Andringa não rape o buço nem os sovacos não é razão para vir para aqui desestabilizar. Por isso toca a concentrar energias, e daqui vai um enguiça-xiça-lariça para o Beckam e os outros bifes. Palpita-me que vão sair de Gelsenkirchen bem passadinhos. E a única Victoria da Inglaterra vai ser uma bimba nas bancadas.