
Longo silêncio se abateu sobre este blog, bem demonstrativo do pesado sentir da nação. A comoção é geral, os portugueses choram pelos cantos. Bem compreendo a vossa dor, meus amigos. É difícil, eu sei, mas a vida tem de continuar. Sim, Merche e Cristiano terminaram seu namoro.
A culpa é dele, digo já, porque a mulher é uma santa. Enquanto o rapaz lá anda entretido com as bolas em Manchester, eis que Merche lacrimeja, e nós com ela. Ela lacrimeja nas revistas, ela lacrimeja na televisão. Tanta lágrima, tanto fluido nasal, isto sim, é o amor. E não se percebe a inveja que têm por esta moçoila bem aparecida, de tanto dizer mal só porque era tu-cá tu-lá com seu ex-namorado. Ela era festas, era idas à praia; mas não se vê que isto é coisas modernas, assim da juventude de agora. Porque amor amor, era pelo seu Cristiano. Aquelas invejosas daquela mãe galinha e a irmalhada alapados na fortuna do puto deviam era de ser postos no gelo, porque lhe andam a gastar o dinheiro a decorar a mansão com mesas de vidro boleado e pés em aço anodizado brilhante daquela fábrica que já fechou nos anos oitenta. E roupas, o que o rapaz gasta em roupas daquelas a imitar o estilo mal-vestido. Já a Merche é uma meçoila que veste bem, e lá por ter a cara do pai não quer dizer que não seja uma gaija elegante, não tivesse três metros de perna que eu vi num placard publicitário, toda esticadinha. Por isso vos digo, estou com a Merche e sua lagrimita, porque o puto atira-se às bifas quase tanto quanto se atira ao chão que já deve ter a doença das vacas loucas. E já se sabe o que se diz da carne inglesa. Mal por mal, antes o bom naco português, a charolesa e a mertolenga, que são muito mais saborosas. Merche, volta, que estás aperdoada filha...